quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Ser Bruxo (a)!



Av-Lack irmãos!
Hoje falaremos de uma forma mais ou menos simples, o que é e como ser um Bruxo ou Bruxa. Termo que amedronta, causa repulsa mas também intriga e fascina.

Ser Bruxo!
É ser uma pessoa sensível, às vezes, muito mais do que se gostaria de ser. Não é ser paranormal, nem ter superpoderes, nem ser adivinho, ou sequer lidar com oráculos, como o tarô, as runas ou qualquer outro.( mesmo que todos em maioria, desde cedo aprendemos a trabalhar com eles, mas é como em uma escola de circo[ dedicado a um grande amigo] onde você sai de lá um palhaço profissional e ainda faz malabarismo, mesmo que sem os malabares você continuaria sendo um palhaço)

Ser bruxo é amar o feminino em harmonia com o masculino. É potencializar o melhor dessas duas polaridades e compreender que são interdependentes e complementares.
 
 
Às vezes é ser meio "bicho esquisito", sim. Não acredito que se interessem por Bruxaria, e, menos ainda que sejam bruxas, pessoas muito convencionais, muito adaptadas ao padrão social. 



 Até porque, a Bruxaria é uma religião mais solta, menos dogmática, não hierarquizada, que responsabiliza a nós mesmos pela nossa vida, que nos ensina a buscar o contato direto com os Deuses, e não delegar poder a outros sacerdotes que não sejam nós mesmos, e a maioria das pessoas não querem isso.
Os verdadeiros bruxos e bruxas não precisam que nenhuma organização lhes outorgue o título, lhes reconheça como tal. Somos independentes, livres.. e essa é a maior riqueza do ser humano. (prestou atenção no que eu disse? HUMANO exatamente, somos humanos racionais, devemos ser donos de nosso próprio destino, saber e decidir onde ir, o que fazer, como fazer e como agir, tudo depende de nós. Não somos "ovelhas" que precisam de um "pastor" nos pastoriando nos dizendo o que é certo e errado, nos julgando e apontando nossos erros.)
Quem ainda gosta de viver num rítimo ditado e regrado por terceiros,
são os que ainda não entenderam bem a fundo a magnitude da mudança proposta pela Wicca.
A Bruxaria está para ocultismo como o punk está para o rock. Faz parte dele, mas diferencia-se pela rebeldia, pelo "faça você mesmo", em oposição a métodos rígidos, ao virtuosismo, ao racionalismo, ao modo de pensar patriarcal que se baseia em conhecimento teórico em detrimento ao conhecimento emocional, visceral. Ou seja, saia da platéia e vá para o palco, ainda que você só saiba três acordes.
Expresse-se! O mais importante para um bruxo é o amor. O amor acima de tudo.
Ser bruxo é respeitar que muitos pensam de forma diferente disso, e nem assim devem ser inimigos, pois a tolerância religiosa e o respeito à diversidade são cruciais para todos nós, seres humanos (ou pelo menos deveria ser para todos humanos e não apenas para alguns).

O nosso ponto de vista é o melhor apenas para nós; o do outro é, certamente o melhor para ele e tudo bem se continuar sendo, pois não podemos nem tencionamos fazer proselitismo. Apenas todos devem poder se expressar livremente e ser respeitados. Isso é um dos primeiros aprendizados espirituais, não só da Wicca, pois eu disse "espiritual" e não "religioso"; uma das coisas muito bonitas que eu encontrei na
Wicca foi esse ensinamento de não promover a religião, e sim, deixar que as pessoas se atraiam por ela naturalmente, se tiver que ser


Hoje sei que ser bruxo não é para qualquer um, não. Já pensei que quem quisesse poderia se tornar um, descobri que não. Precisa de um dom, sim. Mas não quero dizer com isso que sejamos só melhores por termos esse dom, podemos ser piores, em muitos aspectos, pois sofrem mais as pessoas mais sensíveis. Preocupo-me com as pessoas que querem ser bruxas por achar que todos os seus problemas se resolverão, ou que isso lhes dará um motivo para empinar os narizes e se acharem melhores que outros... E preocupo-me também pelos que se deixam iniciar por outrem, apenas por acharem que isso é o correto, que suas iniciações precisam ser reconhecidas por tal organização. Eu, já tendo passado por ambas, não acredito em outra forma de iniciação mais poderosa do que a auto iniciação.

Com um acompanhamento de um Wicca mais experiente, sim, mas o momento é solitário. A experiência é muito mais forte se você estiver sozinho. É como um parto, o médico ajuda, mas foi ele que lhe deu a vida? É ele que legitima sua existência? Que lhe dá seu sobrenome? Então, porque se preocupar com quem iniciou quem lhe iniciou? Uma linhagem?! Uma tradição? Que tolice. Tem gente que chega a inventar seu histórico na Wicca pra se sentir mais "legítimo". Isso é ridículo demais.
O que precisamos ter é pelas pessoas que, na vida real, nos orientaram e transmitiram seus conhecimentos a nós; nossos professores sempre devem ser lembrados com carinho e muito respeito. Não importando se eles foram homens ou mulheres, dessa ou daquela nacionalidade, tradição ou nível de instrução. E mesmo que eles não sejam mais nossos amigos, pelos desvios de percursos naturais, jamais devemos negá-los. Ninguém aprende nada totalmente sozinho, precisamos sempre do outro para alguma coisa. Ainda assim, paradoxalmente, a nossa única preocupação deve ser criar sua própria tradição e ser o seu único seguidor. Essa é a realidade última da magia e da vida.
Esse é o segredo. Ou era para quem souber entender.



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